quarta-feira, 9 de julho de 2008

Viva !! Chegou a praia

Já não me lembro da última vez que tinha ido à praia.
No passado domingo planeei uma ida à praia para ganhar alguma cor.
Preparei um saco térmico com umas sandes em pão de soja, alguma fruta e agua e lá fomos nós à procura de uma praia. Fomos pela estrada na direcção do Magoito, acabamos numa praia onde já tinhamos estado, S. Julião.


Tivemos cuidado porque no 1º dia de praia não convem abusar.



Muito interessante as aulas de surf para jovens.

Na volta visitá-mos o mini museu "A vida feita de barro" em Santa Susana (S. João das Lampas).



Para além de algumas casas na rua, no interior tem várias actividades do campo organizadas pelas estações do ano. Tambem tem loja. Muito giro.


sexta-feira, 4 de julho de 2008

Por caminhos do Alva

A maioria das pessoas procura o litoral para as férias. Eu como não gosto de confusão evito, e agora que a Marta está "deslocada" no interior tenho oportunidade de fazer passeios mais no interior.
O último foi a subida do rio Alva, lindo !!

Para além da beleza natural as estruturas tipicas dão um ar muito pitoresco.

Algumas dessas estruturas parecem mesmo saidas de um filme.

A Marta junto ao monumento de homenagem a Miguel Torga com Piodão ao fundo. Parece que aquele conjunto de casas foi lá colocado cuidadosamente no sopé da montanha, mesmo ao fundo do vale.

Infelizmente o fogos devoram anualmente milhares de hectares, é um folgo ver os medronheiros a rebentar no meio das hastes queimadas.

Visita à Familia - Alemanha

Como disse no "passeio" anterior para mim os amigos tambem são familia, o que não quer dizer que a familia, quando amigos, não sejam o mais importante.
E quando assim é e acrece o facto de a familia estar emigrada, surge a necessidade de fazer "passeios", não tantos como gostaríamos porque o tempo e dinheiro são recursos escassos.
Talvez pela educação tradicional que tive levo a responsabilidade de ser padrinho muito a sério e portanto não tinha como não ir ao 1º aniversário do meu afilhado "alemão".
A vida de emigrante é muito dura, viver longe do país, usar uma língua que não é a nossa e ter o parente mais próximo a milhares de quilometros é algo que quem não vive apenas pode imaginar. Talvez seja isso que faz que os emigrantes recebem visitas como se de reis se tratassem. Até o meu sobrinho conta os dias para a chegada das visitas.
Nestas minhas férias o meu irmão levou-me a conhecer as cataratas "Rheinfall", no rio Reno.

As maiores da europa em volume de agua como podemos ver na foto.

Pelo caminho encontrá-mos um produtor de vinho, como não podia deixar de ser fomos provar ...

E voltar à familia como sempre. A cor da minha camisola engana, só não acompanhei os restantes por não estar prevenido ...

Uma Páscoa diferente

Tradicionalmente a Páscoa é passada em familia. Como na minha familia nunca houve essa tradição e o verão eu aproveitava para trabalhar, esta sempre foi a época para tirar férias, nos últimos anos na neve.
Mas este ano cumpri a tradição, passei a páscoa em familia, não a de sangue mas com a familia que são os amigos.
Foi com orgulho que recebemos o convite para nos juntarmos a um grupo de amigos numa casa de turismo rural na Serra de Monchique.
Viver 3 dias no verde da floresta da serra com um grupo de amigos de vários pontos do país e de diferentes gerações mas com uma mesma forma de viver a vida foi excepcional.
Coloco aqui os videos que um dos amigos sempre nos presentea, com imaginação e algum humor.






Villa Vina é uma casa muito perto do centro da vila de Caldas de Monchique e que embora o acesso não seja muito famoso (tornou-se famoso mas pela dificuldade) está enquadrada numa paisagem magnifica.


O sitio ideal para os passeios pedestres matinais.



Embora tenha havido quem tenha ponderado terminar o passeio de mota.



O longo passeio terminou na bela vila de Termas de Monchique



Já à noite, com a lareira acesa, enquanto os mais novos se ocupavam a jogar consola no enorme LCD da sala, outros aproveitavam para descançar a vista



No domingo a refeição ficou por conta dos homens, e que bem que eles estiveram ... como sempre.

As mulheres adoraram...

Mais tarde, mas os homens não deixaram de apreciar o manjar.

Houve ainda tempo para visitar a praia da Rocha e a vila de Monchique


E foi assim mais um passeio, desta vez a uma zona onde vamos pouco, o Algarve.

quinta-feira, 13 de março de 2008

A neve em Portugal

Como estamos no Inverno fui dar por mim a pensar num antigo passeio.
Somos fãs da neve e no inicio fomos 2 ou 3 vezes à Serra Nevada, em Espanha (relatarei numa próxima). Como nuns anos temos mais tempo (€) do que noutros e porque Portugal também tem neve (embora menos e mais cara) em 2006 resolvemos satisfazer o "bichino" da neve na nossa Serra da Estrela.
Tentei programar tudo com antecedência, como é meu hábito. O primeiro dia na Serra da Estrela e o segundo ... era surpresa.
Como os fins-de-semana são sempre uma confusão, aproveitei a semana de férias que iniciava a 13 de março e lá fomos nós. Decidimos assumirmo-nos como jovens e tentar ficar sempre em pousadas da juventude. A sorte estava do nosso lado, a pousada da serra da estrela estava cheia até domingo e a partir de quarta, na segunda e terça não tinha uma única pessoa. Aquela pousada inteirinha só para nós...
E pronto, lá estávamos nós a deslizar pela neve fofa ...

Ou simplesmente a apreciar aquele manto branco ...E por lá almoçamos.Depois de matar saudades de andar sem mexer os pés, seguimos então viagem, mas sempre com paragens em locais estratégicamente estudados.

A primeira paragem foi em Meimoa, terra que a Marta sempre ouviu falar por ter um tio nascido lá.


Depois fomos até ao Sabugal, Concelho natal do "zé da pirâmide". Almoçamos pela sede de concelho mas quisemos conhecer mesmo a terra onde o Zé nasceu, Malcata. Povoado pequeno mas muito simpático. Parece que ali tudo parou no tempo, as casas quase todas em pedra, os pastores e seus rebanhos pelo meio das ruas. Até o queijo que quisemos levar de recordação foi escolhido em cima de uma velha mesa de madeira, no meio do corredor de um primeiro andar de uma dessas casas de pedra.


Depois de tanto "serpentear" por estas serras a cima lá chegamos ao nosso destino, Foz Côa.
Para dormir, a pousada claro. Muito recente, excelentes intalações e uma vista linda para as Ameidoeiras em flor.

Finalmente, já devem ter percebido, a surpresa era a visita às "pinturas rupestres".

As saidas são feitas no centro da vila, num velho jipe tipo "Jurassic Park". O grupo, para além da guia que era muito simpática, era composto por mais um casal, ele português emigrado e a sua mulher francesa. Existem 3 roteiros de visita, o que nos calhou é o mais conhecido, é onde se encontra a pintura escolhida para logotipo do parque, mas temos de andar um bom bocado a pé. É uma visita interessante mas não deixa de impressionar as toneladas de betão ali enterradas para suportar a barragem planeada e que não vão ter uso.



E foi mais um dos nossos passeios ....







segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Em volta do Douro

Marta, a minha namorada nasceu e viveu os primeiros anos da sua vida na região do Porto.
Como vive há muitos anos na grande Lisboa e raras vezes voltou aos lugares de infância que ficaram gravados na sua memória, resolvemos dedicar um fim-de-semana a estes lugares (Porto, Gondomar e Penafiel). Fui um pouco ambicioso e planeei ainda visitar os monumentos Cistercieses mais importantes desta zona.
O inicio desta viagem deu-se no sabado com a saída de Lisboa, por volta das 10h, com destino a Tomar (tinha em atraso a compromisso de entregar lembranças no hotel dos Templários e no Convento de Cristo onde, com um grupo de amigos, fizemos um belo passeio há uns tempos atrás). Tomar é uma cidade linda. Embora estivesse planeado ser um lugar de passagem não resistimos a parar o carro e dar uma volta naquele parque belíssimo e acabamos por dar um espreitada no Pavilhão Desportivo onde se realizava uma prova de aeromodelismo Indoor. Numa altura em que os desportos de massas dominam o país e gratificante ver que outros desportos teimam em sobreviver. Fazia-se tarde, havia que seguir caminho. Próximo destino Mosteiro do Lorvão. A viagem era longa e a estrada convidava a velocidade moderada, então resolvemos almoçar pelo caminho, escolhemos a pequena vila de Penela, num restaurante muito simpático, "Varandas do Castelo" no largo do mercado.
Já com outra energia lá retomamos o caminho na direcção de Penacova-Lorvão. Ainda antes de chegarmos ao destino o apelo dos foguetes da festa de S. Sebastião desviou-nos da estrada principal e levou-nos a um parque de Moinhos com uma vista fantástica, os moinhos de Gavinhos. Perdido no meio da floresta, lá bem no fundo do vale e junto a um riacho (requisito importatissimo na escolha dos locais onde se estabelecia a ordem de Cister) lá avistamos o Convento. Quando alguem se dirigiu a nós para nos "ajudar" no estacionamento não quisemos acreditar que os arrumadores já tinham chegado ali, rapidamente percebemos que eram utentes do hospital psiquiatrico estabelecido ali nos antigos dormitórios do convento. Se o primeiro pensamento foi o de que era uma situação que não ajudaria a promoção do monumento logo pensei que por vezes é preciso que a realidade nos entre pelos olhos dentro para a conhecermos. O facto de um destes doentes se ter dirigido a nós, e, sem qualquer introdução prévia, nos ter desabafado que tinha feito anos no dia anterior e que ninguem o tinha visitado deixou-me a pensar ...
Ao entrarmos no Mosteiro logo fomos abordados pelo guia que simpaticamente se ofereceu para nos mostrar tudo em troca de 1€. Debitou com algum detalhe as informações que tem para apresentar mas não se sentiu muito confortável quando interrompi a "cassete" para uma pergunta ou outra mais específica.
O Mosteiro é muito semelhante ao de Cós, talvez em melhor estado e ainda com o claustro em razoavel estado de conservação. Impressionou-me a qualidade artística dos cadeirões, a quantidade e qualidade das obras de arte que talvez merecessem outra atenção e, pela negativa, o facto de a obra de restauro do orgão estar em litigio há já 15 anos entre o IPPAR e a empresa que efectuava a obra.
Embora ainda fossem 17:00 horas, infelizmente nesta altura do ano a noite cai cedo e os monumentos normalmente têm horário laboral equacionamos então se justificava irmos ainda naquele dia visitar outro. A decisão foi, já que estavamos perto, fazer uma visita (e umas compras) à loja da Quinta do Cabriz, que para além de produzir umas preciosidades é da terra da minha cunhada (Carregal do Sal). Fomos atendidos pela Sra Ana Paula, responsável pelo Enoturismo da quinta, que simpaticamente nos deixou o convite para irmos com mais tempo fazer uma visita às instalações. Entretanto lembrei-me que aquando do casamento do meu irmão, tinha ido de vespera e tinha jantado em Canas de Senhorim, no restaurante "Zé Pataco" o famoso prato "Sola", um bife que não cabe no prato. Resolvi mostrar esta especialidade à minha namorada, mas como já tinham passado 10 anos não me lembrava o quão grande era o bife, a nossa sorte é que o empregado percebeu mal o pedido e só trouxe um dose, ufa.
Depois daquele repasto digno de um abade, havia que fazer mais uns quilometros até o local da pernoita, Amarante. Pena foi ter feito este caminho já sem luz, o serpentear pelas encostas do douro revelanos uma paisagem deslumbrante.
Já no domingo e depois do pequeno almoço no hotel Amaranto com vista sobre o rio, fomos tomar o café ao sempre romântico largo de S. Gonçalo. Depois deste desvio ao objectivo inicial, chegara a altura de retomar o objectvo inicial, os lugares de infância da Marta, para começar Meinedo.
Como já era hora de almoço o monumento que a Marta me quis mostrar estava fechado, mas alguem que ia a passar (penso que seria o paroco) fez o favor de nos abrir as portas e fez-nos uma pequena visita guiada, onde se foi lamentando da intervenção do IPPAR que manteve o magnifico Altar-mor mas alterou tudo o resto sobre o pretesto que era posterior ao séc. XIII ?!?
Já a caminho de Gondomar, e depois de termos tentado encontrar sem sucesso o caminho para o "Monte Mozinho", ruínas de um povoado romano, descobrímos um museu ao ar livre, o museu da broa. Pequenas azenhas no meio das lages centrais do rio, onde eram muídos os cereais.
Num outro desvio da estrada nacional fomos descobrir o Mosteiro de Bustelo. Se o edificio principal parece bem conservado, outro lateral traz-nos um sentimento de revolta por termos património tão belo no nosso país e tão mal tratado, num edificio com uma fachada belissima mas já cair funciona um bar onde não foram tidos quaisquer cuidados na adaptação do edificio à estrutura comercial, uma vergonha. Aliás, logo ao lado, junto a uma capela tambem muito bonita está a casa mortuária de traça ultra-moderna. O fim-de-semana acabou no Porto, viajando no metro, no funicular de Guindais e a pé e visitando os monumentos mais emblemáticos da cidade. É maravilhosa aquela avenida dos Aliados, pena não ter mais divulgação nacional, culpa talvez dos sentimentos bairristas que ainda assolam o nosso país.



Pontos positivos
Tomar - 2 técnicas recuperavam com pormenor impressionante o brasão da cidade esculpido num dos pilares do portão de entrada no parque.
CTT no Porto aberto ao domingo

Pontos negativos
IPPAR - Impasse na resolução da obra de restauro da orgão do Mosteiro do Lorvão

Nasceu um Blog

Nasceu o blog onde eu irei tentar relatar as viagens que faço.
Inspirado pelo meu amigo Jose Gonçalves no seu blog Por Entre Montes e Vales, resolvi criar tambem um blog onde tentarei partilhar as minhas experiências nesta actividade tão prazerosa como é o passeio. Pena tenho de não ter a mesma qualidade de escrita do meu amigo.
O objectivo é partilhar experiências, elogiar lugares, eventos ou acções e denunciar situações.
Para além dos passeios que irei fazer, tentarei buscar na minha memória alguns que já fiz.
Aguardo comentários e sugestões.